terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Teoria do governo justo

Olá a todos. Estive pensando em algumas coisas sobre política:

Para um país mais justo:

- Fim das eleições. Escolha de governantes por concurso público.
Essa é a primeira coisa que precisa de uma reforma. Hoje, para que uma pessoa se torne um deputado, senador, presidente, etc. , ela deve ser eleita em um pleito, onde o voto é obrigatório. O país gastou segundo o TSE, nas eleições de 2008, cerca de 600 milhões de reais. De acordo com o site hojenoticias.com.br, o custo médio por cada livro escolar é de R$ 4,87 no Programa Nacional do Livro Didático do MEC. Isso significa que, com o dinheiro gasto com eleições daria para comprar 123203285 livros didáticos (e uma borracha). E tudo isso sem contar os escândalos de corrupção protagonizados por esses a quem nós mesmos entregamos o direito de resolver nossas vidas.
E o que eu proponho como alternativa? O fim dos partidos políticos (será que algum ainda tem ideologia? se tiver, eu gostaria de saber) e a substituição das eleições por concursos públicos. Primeiramente porque não haveria como o indivíduo entrar em algum cargo de governo sem saber ao menos o BÁSICO de administração pública. Além disso, em um concurso, ninguém precisaria ser ACEITO pela convenção partidária antes de poder concorrer ao cargo. Aí entra outra coisa: combater a "politicagem", uma vez que, para ser aceito, o postulante acaba tendo que "prostituir" suas idéias, e muitas vezes também seus valores (desculpem a alusão a esse ato, mas não encontrei ato que melhor se assemelhasse ao comportamento dos "politiqueiros"). O concurso, também, é auto-sustentável, pois o custo operacional é coberto pelo preço da inscrição. E também, esse sistema é MUITO mais democrático até que as eleições, pois o povo não fica restrito à escolha de seus governantes entre uma lista pré-estabelecida, mas pode, ele mesmo, aceder à esfera mais alta do poder POR MÉRITO PRÓPRIO(o uso de maiúsculas encerra uma ironia aí).

- Foro privilegiado = júri popular:

Um dos maiores atentados que podem ser infligidos ao Estado Democrático e de direto é a existência do foro privilegiado. É inaceitável que os indivíduos que possuem a maior responsabilidade em um país sejam julgados por... eles mesmos. Equivale a perguntar-lhes se QUEREM ser presos se cometerem algum crime. Façamos uma analogia a uma estrutura corporativa. Em uma empresa, caso um funcionário cometa alguma irregularidade, ele deve explicações ao seu empregador. Pergunto: quem é o empregador dos políticos? O povo. Nós, para os íntimos. Então, um exercício de lógica básica: então eles devem explicações ao...ao...ao...não creio que seja tão complicado responder a um questionamento tão digno de um teste de QI do filme Idiocracy (dirigido por Mike Judge, 2006). Por isso proponho o júri popular como substituto do me engana que eu...er...digo, foro privilegiado.

O texto provavelmente terá continuação, mas eu peço aos leitores do blog que o enviem para quantas pessoas puderem, e a pessoa amada vai te ligar em 3 minutos... ok, essa foi péssima, mas eu só quis com isso lembrar-lhes que às vezes espalhamos coisas com tão pouca importância, então acho que seria legal espalhar ideias que, mesmo difíceis de serem postas em prática, são boas alternativas. E alguém tem que dar o primeiro passo, ou passaremos a vida reclamando dos governantes e sem coragem para mudar a situação em nosso favor

2 comentários:

  1. Concordo em número e grau com o fim do foro privelegiado, já que estes nunca são julgados pelos seus atos.
    F. NOG

    ResponderExcluir
  2. Ed, gostei da proposta de repensarmos nossos valores. No entanto, acho que essa primeira sugestão poderia estar associada a algo mais, como ao próprio voto seguido das notas de concurso... Bom, também não sei se é boa ideia. De fato, não achei algo melhor. Sinceramente, essa história de "academizar" a política também me traz dúvidas. Pode ser em alguns casos como um vestibular (sem cotas). Se essa prova exige uma preparação. Você acha que o povo, no senso que costumamos usar, consegue, mesmo com o maio esforço, quantos por cento de vagas na USP em Medicina? Ou na UFRJ em Engenharia ou Medicina? Será que alguém do povo, com acesso restrito a Internet, aos meios de preparação e às "dicas de prova" dos mais experimentados, conseguiria aceder a um cargo político por meio de concurso? Será que isso não se restringiria à elite ou a classe média? Gostaria que expandisse esta ideia para que eu possa entendê-la de fato. E os outros leitores tb. Gostei da reflexão. Mesmo que com dúvidas, mas é com debate, com ideias postas à mesa, que se cresce.
    Um beijo, Raissa

    ResponderExcluir